Diamante - C
Cristaliza no
sistema cúbico, geralmente em
cristais com forma
octaédrica (8 faces) ou hexaquisoctaédrica (48 faces), frequentemente com superfícies curvas, arredondadas, incolores ou coradas. Os diamantes de cor escura são pouco conhecidos e o seu valor como gema é menor devido ao seu aspecto pouco atrativo. Diferente do que se pensou durante anos, os diamantes não são eternos pois o
carbono definha com o tempo, mas os diamantes duram mais que qualquer
ser humano.
Sendo
carbono puro, o diamante arde quando exposto a uma chama, transformando-se em
dióxido de carbono. É solúvel em diversos
ácidos e infusível, excepto a altas pressões.
O diamante é o mais duro material de ocorrência natural que se conhece, com uma dureza de 10 (valor máximo da
escala de Mohs). Isto significa que não pode ser riscado por nenhum outro mineral ou substância, exceto o próprio diamante. No entanto, é muito frágil, esse fato deve-se à clivagem octaédrica perfeita segundo {111}. Estas duas características fizeram com que o diamante não fosse talhado durante muitos anos. As maiores jazidas do mundo são de África do Sul.Outras jazidas importantes situam-se na Rússia (segundo maior produtor) e na Austrália (terceiro maior produtor), entre outras de menor importância.
A
densidade é de 3,48. O brilho é adamantino, derivado do elevadíssimo índice de
refracção (2,42). Recorde-se que todos os minerais com índice de
refracção maior ou igual a 1,9 possuem este brilho. No entanto, os cristais não cortados podem apresentar um brilho gorduroso. Pode apresentar
fluorescência sob luz
ultravioleta, originando colorações azul, rosa, amarela ou verde.
Não são só os diamantes incolores ou com matizes bonitos que se constituem como pedras preciosas como antigamente se pensava e usava, mas hoje em dia já são usados diamantes de cor (alguns de cor natural são mesmo de maior valor do que os incolores) e com formatos irregulares, que se utilizam em joalharia, montados em metais preciosos e/ou em associação com outras gemas.Aplicações e valor
O interesse popular nos diamantes centra-se no seu valor como gemas, mas os cristais têm ainda uma maior importância como ferramentas industriais. As variedades negras e microcristalinas, não tendo valor comercial, utilizam-se na indústria como abrasivos de alta qualidade ou como ferramentas de talha ou como perfuradores para materiais de dureza elevada (para a própria lapidação do diamante, por exemplo) . Estes podem ser usados para cortar, tornear e furar
alumina,
quartzo,
vidro e
artigos cerâmicos. O pó de diamante é usado para polir
aços e outras
ligas.
Diamantes azulados ou rosados são raros e, por isso, muito valiosos. Já os amarelados são mais comuns. Uma marca do diamante autêntico – e a primeira coisa que o distingue de falsificações grosseiras, como as de
zircônio – é a sua
leveza. O
Diamante Koh-i-Noor, da
Coroa Britânica, tem quase o tamanho de uma bola de
pingue-pongue e não chega a 22
gramas.
Talha
O valor do diamante reside na ausência total de impurezas e de cor.
Uma vez selecionados, os diamantes são cortados e talham-se ao longo de direções nas quais a dureza é menor. Uma talha bem realizada é aquela que realça o foco, ou seja, o conjunto de reflexos de cores derivados dos reflexos.
Diamantes sintéticos
Atualmente, existe a possibilidade de fazer diamantes sintéticos, submetendo
grafite a pressões elevadas. No entanto, o resultado são quase sempre cristais de dimensões reduzidas para poderem ser comercializados como gemas. A chance de adquirir um
diamante sintéticono lugar de um natural é quase nula, sendo inclusive inferior à possibilidade de encontrar gemas que os comerciantes dizem ser diamante mas que não o são realmente.
A estabilidade térmica do diamante sintético é menor do que o natural, em ambiente oxidativo, como ao ar, o diamante sintético oxida (grafitiza) a temperaturas em torno de 850 °C. Já em atmosfera controla sua resistencia a grafitização é proxima aos 1200 °C.
Embora já em
1880 J. Balentine Hannay, um
químico escocês, tivesse produzido minúsculos cristais, só em
1955 cientistas da General Electric Company conseguiram um método eficaz para a síntese de diamantes. Este feito foi creditado a Francis Bundy, Tracy Hall, Herbert M. Strong e Robert H. Wentorf, depois de investigações efetuadas por Percy W. Bridgeman na Universidade de Harvard. Os diamantes assim conseguidos eram de qualidade industrial (não gemológica), sendo hoje em dia produzidos em larga escala. Cristais com a qualidade de
pedras preciosas, só se conseguiram sintetizar em
1970 por
Strong e
Wentorf, num processo que exige pressões e temperaturas extremamente elevadas.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Diamante